Meio que recentemente a seção VivaBem da UOL publicou um artigozinho despretensioso sobre como seria a melhor forma de agir diante da artrite e outras doenças reumáticas: “sente o corpo enferrujado? Cada passo, um estalo. Cada manhã, uma batalha para sair da cama. Para muita gente com (esta condição), essa é a realidade, e o instinto natural é parar. Mas aí entra a reviravolta: o segredo para destravar as articulações é justamente se mexer”. E é aí onde entra a tal “novidade”.
O que a alopatia está descobrindo agora, nós Quiropraxistas sabíamos há muito tempo: que o repouso recomendados pelos médicos, “embora confortável, é um atalho para mais rigidez, mais dor e menos funcionalidade”.
Movimento (como, por exemplo, exercício) obviamente “‘não cura a artrite nem regenera a cartilagem já danificada, mas transforma completamente o funcionamento das articulações'”, explica o ortopedista Alberto Gotfryd. ‘O movimento certo, na intensidade certa, não só reduz a dor como melhora a força muscular, a mobilidade e a capacidade funcional, ou seja, você volta a fazer coisas que achava que nunca mais faria'”.
Mas antes de prosseguirmos, carecemos de definir o que se convencionou a chamar de “artrose” e de “artrite“:
E esses dois tipos devem também ser diferenciados de outros, como:
Seja lá como for, quanto mais mecânico for o desgaste, melhor a resposta ao movimento. O tempo faz com que o corpo crie “fibroses e tensões para proteger as articulações inflamadas”. E por isso, qualquer começo de atividade física pode ser dolorido àquela pessoa que sofre de afecções articulares. De acordo com Guilherme Micheski, profissional de educação física, “quando você começa a se mexer de novo, rompe essas estruturas defensivas — e o preço disso é uma dorzinha extra nas primeiras semanas. Mas, depois, vem a recompensa: músculos mais fortes sustentam melhor as articulações e reduzem a sobrecarga que gera dor”.
O processo é gradual. Quiropraxia, por meio de ajustamentos, ajuda a mobilizar pontualmente e normalizar a biomecância articular. E existe uma série de atividades físicas que podem ser feitas para normalizar o movimento articular — até musculação entra na lista de aliados, se feita com supervisão, respeito aos limites do paciente “e atenção à amplitude de movimento”. Mas “atividades de alto impacto, como corrida, tênis ou futebol, exigem demais das articulações e podem agravar o problema”. As de baixo impacto sempre serão mais eficazes:
“Pouco a pouco, o corpo reaprende a se mover com mais precisão e menos dor” — respeitando os limites “para evoluir sem retroceder”.
As sofridas articulações agradecem.