No fringir dos ovos, pode-se dizer que todos os problemas de coluna originam-se da falta de mobilidade com eventual perda da função articular e fisiológica de um ou mais segmentos vertebrais. Todos. Até os casos traumáticos e congênitos vão efetivamente dar problemas se houver fixação envolvida.
A palavra-chave é adaptabilidade. A coluna vertebral tem o potencial de mudar para proteger seu bem mais precioso: a medula espinhal. É inteiramente plausível que os vícios posturais adquiridos ao longo de uma vida travem algumas vértebras. Essa perda de fisiologia articular é o que dá origem aos problemas e compromete a adaptabilidade.
Este dito “travamento” é a síntese do Complexo de Subluxação Vertebral com seus cinco componentes:
A Quiropraxia, que literalmente significa “tratamento com as mãos”, se propõe a corrigir o Complexo de Subluxação Vertebral e restaurar a função adaptativa da coluna.
Sendo um procedimento natural, não-invasivo, custo-eficiente e livre de riscos (para quem sabe fazer), a Quiropraxia, não por acaso, tornou-se ponto de referência para tratamento de coluna mundialmente, sobretudo nos Estados Unidos. Potencializam-se os resultados se o paciente for tratado concomitantemente com Pilates (ver Artigo 90), fisioterapia reabilitativa, natação, hidroginástica, acupuntura (ver Artigo 145), ou R.P.G. (ver Artigo 133).
Há desafios, claro. Dores crônicas podem complicar a equação. O componente emocional também pode atrapalhar. Ansiedade, depressão e estresse não convergem muito bem com um tratamento de coluna.
Então, o que fazer quando o paciente simplesmente não melhora? O que fazer quando o tratamento convencional e o não-convencional não dão resultados? Indicar cirurgia? Hoje em dia, os próprios médicos relutam em fazê-la. A reincidência nos três primeiros anos é de quase 85%.
Procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos podem ser uma solução para casos mais difíceis:
A questão aqui é que estes procedimentos não tratam a causa do problemas, e sim os seus efeitos. A hipomobilidade continua, e, com ela, a possibilidade real de reincidências. Em suma: se permanece o Complexo de Subluxação Vertebral, pode haver alívio (e resolução) a longo prazo?