Terapia manual não é a única resposta para as afecções da coluna vertebral, mas é hoje a ferramenta mais eficaz que dispomos para tratá-la. E existe uma miríade de trabalhos científicos que atestam os efeitos específicos deste tipo de tratamento, em particular a Quiropraxia. É definitivamente uma opção melhor do que tratar um problema de coluna somente à base de medicações…
Note que, de todas as pesquisas citadas acima, a melhor marca do grupo de tratamento que obteve progresso encostou nos 56%. Ou seja: um percentual significativo de pacientes simplesmente não apresentou melhora, não importando que tipo de tratamento tenha sido feito. Nossa experiência clínica, porém, nos indica precisamente o contrário — a vasta maioria dos pacientes apresentará algum tipo de progresso, contanto que a questão seja de cunho neuromusculoesquelético.
Vale notar também que a anamnese é de suma importância para o profissional avaliar corretamente o quadro do paciente. E é vital indicá-lo para outro profissional se o problema for aquém de sua capacidade e habilitação. Terapia manual pode até ser eficaz para tratar a coluna, mas é totalmente inútil contra cálculo renal, infarto do miocárdio, ou apendicite.
Mas quando discute-se o efeito placebo e sua contribuição no relacionamento médico–paciente, alguns detratores podem tentar banalizar este processo. No entanto, seria ingenuidade e hipocrisia um clínico experiente não admitir que seu ofício envolva ciência e arte. Os efeitos específicos (o que a rigor é comprovado num tratamento como o fato de que aspirina reduz febre) e não-específicos (tudo que acontece ao redor e além de uma típica consulta médica: a linguagem corporal, a confiança no profissional, e, porque não dizer, a fé no tratamento) estão presentes em todas as áreas da saúde (ver Artigo 27).
Por isso existem, claro, inúmeras pesquisas científicas em diferentes ramificações da medicina em que o grupo do placebo obteve resultados surpreendentemente similares ao grupo do tratamento. Mas existem também ainda mais pesquisas que indubitavelmente comprovam a eficácia de determinado tratamento — e Quiropraxia não é exceção:
Nenhuma das publicações citadas acima tem ligações com a Quiropraxia, muito menos os autores das pesquisas, que são médicos, osteopatas, e fisioterapeutas. Estes trabalhos foram selecionados especificamente para que os leitores tenham melhor idéia sobre a imparcialidade dos mesmos.
Enquanto o problema for de coluna, o paciente vai sempre tender a melhorar com terapia manual. Simples assim. Ocorrendo o contrário, outras possibilidades terão que ser investigadas. Encurtamentos de determinadas cadeias musculares estarão impedindo aquela vértebra de estabilizar? Será dor irradiada de um problema visceral (rins, coração, fígado, intestino, etc.)? Existem fatores sociais, psicológicos e até sexuais que possam estar interferindo no progresso? Até que ponto tudo isso se correlacionaria ao estresse do dia-a-dia?
Tudo isso faz parte da nossa rotina no consultório. Mas é muito gratificante ter pesquisas de todos esses países que corroborem o que a gente clinicamente já sabe.