O que os presidentes americanos Franklin D. Roosevelt, John F. Kennedy, George W. Bush e Barack Obama têm em comum?

Que laços unem o ex-secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, o filósofo Henry David Thoreau, o escritor Ralph Waldo Emerson, e o poeta T.S. Eliot (autor da série As Crônicas de Nárnia)?

E quanto aos atores de cinema Jack Lemmon (Oscars de Melhor Ator por Sonhos do Passado em 1973 e Melhor Ator Coadjuvante por Mister Roberts em 1955), Matt Damon (Oscar de Melhor Roteiro Original por Gênio Indomável em 1997) e Tommy Lee Jones (Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por O Fugitivo em 1993)?

A resposta é Harvard, uma seleta universidade localizada numa pequena cidade de 120.000 habitantes (pouco menor do que Barretos-SP) no leste do E.U.A.. Desta instituição, fundada em 1636, saíram 161 ganhadores do Prêmio Nobel10 do Oscar, 48 do Pulitzer e 110 medalhas olímpicas (46 ouro).

Harvard é figurinha tarimbada até na ficção. Robert Langdon, o personagem principal dos livros e filmes Código Da Vinci e Anjos e Demônios , é “professor de simbologia” desta Universidade. As advogadas Miranda Hobbes de Sex and the City e Ally McBeal, e o psiquiatra Frasier Crane de Frasier e Cheers estudaram lá.

Agora, qual o motivo de tamanha (e longa) introdução? Claro, frisar Harvard como uma instituição top de top de linha! E então, o que teria Quiropraxia a ver com Harvard? Continuem lendo:

Um de seus ex-alunos, o médico David M. Einsenberg, foi um dos pesquisadores de um estudo conduzido em 2007 e publicado na prestigiada revista científica Spine, cujos resultados levaram a inclusão da Quiropraxia no plano de saúde desta famosa universidade (Einsenberg M, Post DE et al. (2007) Addition of Choice of Complementary Therapies to Usual Care for Acute Low Back Pain: A Randomized Controlled Trial, Spine 32(2) 151-158.):

  • Neste estudo, foram selecionados 444 pacientes com dores lombares agudas, de natureza mecânica, sem nenhum tipo de tratamento prévio, e que classificaram suas dores “de média a alta”, por, no mínimo, 21 dias.

  • A equipe do Dr. Einsenberg dividiu estes pacientes em dois grupos: um somente com tratamento convencional (uso de analgésicos, relaxantes musculares, repouso e limitações de atividades, e com nenhuma indicação para fisioterapia durante o período agudo de 3 a 4 semanas); outro com o mesmo tipo de tratamento, mas com a variável de poder escolher ser tratado também por uma destas três modalidades: Quiropraxia, acupuntura e massoterapia.

  • Os pacientes foram avaliados após 5 semanas, 3 e 6 meses, e 1 ano. Foram analizados critérios como sintomas, função, satisfação e custos, bem como atividades diárias, saúde física e mental, e apreensão sobre o problema de coluna em questão.

  • O resultado é consistente com o de outros estudos feitos no decorrer dos anos sobre os efeitos da Quiropraxia. Na avaliação inicial de 5 semanas, o grupo do tratamento alternativo relatou menos dores e mais satisfação do que o grupo tradicional. Os pacientes deste grupo ficaram também menos apreensivos.

Entretanto, a pesquisa peca por não separar os resultados da Quiropraxia, da acupuntura e da massoterapia. Os próprios autores reconhecem a dificuldade de provar a superioridade de um tratamento sobre o outro. A própria regressão natural da dor (somada ao efeito placebo) faz com que a maioria das pessoas acometidas de dores lombares agudas melhorem invariavelmente com o decorrer do tempo. Daí o virtual “empate” dos dois grupos nos outros critérios com as avaliações a médio e longo prazo.

Mas é justamente a curto prazo que reside a eficácia da Quiropraxia. O objetivo é corrigir distorções biomecânicas para que o problema não se torne crônico. Um paciente satisfeito e menos apreensivo tende a apresentar um progresso melhor. Os harvardianos estão bem cuidados.