Em artigos anteriores, discutimos a importância de algumas vitaminas no funcionamento dos sistema nervoso ou até na integridade da coluna vertebral: do relacionamento indireto entre a vitamina A e a coluna (artigo 84); do papel da vitamina D e absorção de cálcio (artigo 66); de como a vitamina C ajuda a formar colágeno e é afetada pela nicotina (artigo 36); e de como a absorção de uma é afetada pela outra.
Se cálcio e fósforo são considerados os “tijolos” e o colágeno, o “cimento”, não somente das vértebras, mas dos discos e do restante dos ossos — basicamente de tudo no nosso corpo — como fica a “fiação”?
Sim, porque da coluna saem os 33 pares de nervos que cobrem todo o corpo humano. E é justamente nestas delicadas fibras nervosas que as vitaminas B têm influência.
Diferentemente das Vitaminas C e D, o Complexo Vitamínico B engloba várias denominações:
Meio complicado, não? Vamos tentar simplificar.
A coluna vertebral e seus 33 pares de nervos dependem das Vitaminas B6, B12, e indiretamente B9. São extremamente necessárias para o funcionamento normal do sistema nervoso e podem muito bem ser o fator mais importante para a saúde dos nervos.
Consumo de álcool causa menor absorção de B12 do trato gastrointestinal e aumento da excreção de B6. Bebedores sociais precisam de CINCO VEZES mais Vitamina B6 do que as pessoas que não bebem ou bebem raramente. Açúcar altera a flora intestinal, e, conseqüentemente, a absorção de algumas vitaminas B. Alimento de microondas ou enlatados são extremamente pobres em vitaminas B, e por isso, há uma alta taxa de tais deficiências em países industrializados, como nos Estados Unidos.
Além dos benefícios para a coluna, o Complexo Vitamínico B ajuda a combater alcoolismo, artrite reumática, paralisia de Bell, insônia, epilepsia, meningite, doenças mentais, neurite, doença de Parkinson, esclerose múltipla, derrame e labirintite.
No dia-a-dia clínico do Quiropraxista, é sempre interessante recomendar complexo vitamínico B. Em alguns pacientes, a combinação de B6 e B12 pode ajudar na recuperação de uma neurite radicular, como, por exemplo, uma crise de ciática. Mas isso depende e varia de paciente a paciente.
E, claro, nada substitui uma boa e velha balanceada dieta. Sempre é melhor prevenir do que remediar.