Estariam os atletas, por executarem atividades de mais impacto, supostamente mais propensos a desenvolverem problemas de coluna? É o que ditaria a lógica, né? No entanto, estudos mostram que não há diferenças significantes de incidências de dores lombares em atletas comparados com a população em geral. Alguns deles chegaram a concluir que dores lombares ocorrem até mais comumente em estudantes que evitam esportes do que aqueles que participam.
Portanto, os esportes que envolvem alto impacto, rotação, velocidade, movimentos bruscos, e tensão não são necessariamente nocivos para coluna. Por outro lado, o fato dos atletas terem a musculatura mais tonificada, e estarem em melhor forma do que o resto da população, também não os livram necessariamente das dores de coluna. O que sabemos sem sombra de dúvida é que sedentarismo e problemas de coluna definitivamente não combinam.
Alguns esportes, quando exercidos incorretamente, podem provocar desequilíbrio muscular e algum tipo de disfunção:
O objetivo, obviamente, não é desestimular a prática de atividades esportivas — mas sim chamar a atenção dos potenciais danos à coluna do atleta. Um bom programa de alongamento e fortalecimento muscular reduz drasticamente as estatísticas mostradas acima. Dois pontos principais de alerta ao atleta:
Para avaliação concisa e correta da coluna vertebral do atleta, é preciso que o profissional em questão domine conhecimentos de anatomia e biomecânica da coluna, saiba efetuar anamnese e exame físico detalhados, tenha amplo conhecimento para interpretar exames complementares, consiga diagnosticar adequadamente as afecções da coluna, e o mais importante, saiba ministrar o tratamento correto.
Acima de tudo, o objetivo é permitir ao atleta alcançar a excelência na sua modalidade esportiva sem comprometer a sua coluna.