A entrevista, ou anamnese, é uma ferramenta importantíssima durante a primeira consulta do paciente. É a partir dela que o profissional elaborará uma lista de hipóteses diagnósticas. Daí em diante, o exame físico afunilará os resultados, e encurtará a lista até chegar ao diagnóstico definitivo.
Resumindo assim, de uma maneira tão simples, até parece fácil. Mas não é. O profissional necessita estar antenado às necessidades específicas de cada paciente — e por isso, a entrevista varia mediante o entrevistado.
Por exemplo, um Quiropraxista mais neófito conduzirá uma anamnese baseada em oito parâmetros (ver Artigo 31):
Contudo, ao decorrer dos anos, para o profissional mais experiente, os parâmetros são apenas um ponto de partida. Há a necessidade de ir mais além. A anamnese é uma investigação. Pistas podem ser usadas ou descartadas, dependendo do caso. E para isso, o clínico tem que saber ouvir.
Não significa, contudo, deixar o paciente falar tudo que der na telha. Em algum momento, o profissional terá que intervir e direcionar a entrevista a fim de obter informações mais pertinentes ao caso. Esta objetividade, dependendo da região, pode ser mal-interpretada como descaso ou até rudeza. Mas é pura técnica. E com intuitos nobres.
Claro, os pacientes também podem contribuir para tornar a anamnese mais produtiva. Alguns anos atrás, a revista VEJA (20/07/2011) publicou uma matéria justamente sobre isto. Elaborou uma pequena lista com algumas dicas para maximizar este processo e a chamou de “Guia do Paciente Eficiente“:
Mesmo parecendo básicas, estas dicas potencializariam muito o conteúdo da anamnese. Lembrando que, como profissionais, não temos controle nenhum sobre a experiência da vida do paciente, sua bagagem emocional e o que o levou a tomar a decisão de se consultar, no caso deste artigo, com um Quiropraxista.
Importante que nunca percamos isto de vista durante a entrevista. Porque as variáveis do parágrafo acima podem tornar meio utópico o tal do “Guia do Paciente Eficiente”.